"VIVA A VIDA!" Lucas 14.15-24

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Jesus vê todas as pessoas, indistintamente, como alvos de sua graça.

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Grande ideia: Jesus vê todas as pessoas, indistintamente, como alvos de sua graça.
Estrutura: uma grande ceia e um convite recusado (vv. 15-20), uma grande ceia e um convite estendido (vv. 21-24).
Conectando:
14.1-24: Histórias à mesa de jantar.
O contexto é o do jantar que Jesus foi convidado na casa de um fariseu (Lc. 14.1). Jesus havia interrompido sua refeição para atender a um homem que sofria de hidropsia. A fala de Jesus já tinha sido enfática, pela vida (Lc. 14.3,5). Depois disso, Jesus reitera que os “primeiros lugares” (mais perto do anfitrião) pertencem aos que são chamados por ele.
E agora, Jesus fala do “grande banquete” do Reino de Deus: “Comer pão no reino de Deus significa estar entre as pessoas que participam das alegrias do reino messiânico”. (Broadman)
Lucas 13.22–30 (NAA)
22 Jesus passava por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. 23 E alguém lhe perguntou: — Senhor, são poucos os que são salvos? 24 Jesus respondeu: — Esforcem-se por entrar pela porta estreita! Pois eu afirmo a vocês que muitos procurarão entrar, mas não conseguirão. 25 Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vocês, do lado de fora, começarem a bater, dizendo: “Senhor, abra a porta para nós”, ele responderá: “Não sei de onde vocês são.” 26 Então vocês dirão: “Comíamos e bebíamos com o senhor. Além disso, o senhor ensinava em nossas ruas.” 27 Mas ele dirá a vocês: “Não sei de onde vocês são; afastem-se de mim, vocês todos que praticam o mal.” 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando vocês virem Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, mas vocês lançados fora. 29 Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30 Porém, de fato, há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.
1. Convite recusado. (vv. 15-20)
(a) Repare: “grande ceia” e “convidou muitos”. Isso mostra a extensão do banquete e do convite.
Mateus 8.11–13 (NAA)
11 Digo a vocês que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos Céus. 12 Mas os filhos do Reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. 13 Então Jesus disse ao centurião: — Vá! E seja feito conforme você crê. E, naquela mesma hora, o servo do centurião foi curado.
Provavelmente, o homem acreditava que apenas os judeus seriam convidados para o banquete celestial (ver nota em 8:12). Talvez esse seja um ditado ocioso e piedoso, feito sem refletir seriamente. Cristo respondeu com uma parábola que retrata a inclusão dos gentios.
MacArthur, John. Comentário bíblico MacArthur (pp. 2783-2784). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
(b) “Ceia” aqui é uma palavra bem especial:

δειπνον deipnon

do mesmo que 1160; TDNT - 2:34,143; n n

1) ceia, especialmente uma refeição formal geralmente realizada à noite

1a) usado em referência à festa do Messias, simbolizando salvação no reino

2) comida tomada à noite

Apocalipse 3.20 (NAA)
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
(c) O Reino de Deus chegou com Jesus, e desde que ele veio, “tudo está preparado”.
Mateus 11.27–29 (NAA)
27 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 28 — Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. 29 Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma.
(d) Mas as desculpas foram apresentadas, e elas não eram nada convincentes: compra de um campo, compra de bois, casamento.

excusar-se — rogar ou solicitar para ser liberado de um compromisso. Tópico Relacionado: Desculpa.

Lc 14.18 καὶ ἤρξαντο ἀπὸ μιᾶς πάντες παραιτεῖσθαι.

Broadman:
Três exemplos representativos das desculpas são citados. Envolvimento com terras, animais e família tiveram prioridade sobre o convite do seu hospedeiro. Dessa forma, é esse envolvimento nos negócios deste século que faz com que os homens tomem as decisões erradas quando o convite de Deus é feito.
Lucas 8.14 (NAA)
14 A parte que caiu entre espinhos, estes são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.
Lucas 17.26–31 (NAA)
26 Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: 27 comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, veio o dilúvio e destruiu todos. 28 O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; 29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu todos. 30 Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar. 31 — Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para tirá-los; e, de igual modo, quem estiver no campo não volte para trás.
Lucas 14.26–28 (NAA)
26 — Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. 28 Pois qual de vocês, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?
2. Convite estendido. (vv. 21-24)
(a) A ira do dono da casa espelha a ira do nosso Deus em relação às escusas dos pecadores. É um atributo divino.
Deuteronômio 32.39–41 (NAA)
39 Vejam, agora, que eu, sim, eu sou Ele, e que não há nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão. 40 Levanto a mão aos céus e afirmo por minha vida eterna: 41 se eu afiar a minha espada reluzente, e a minha mão exercitar o juízo, tomarei vingança contra os meus adversários e retribuirei aos que me odeiam.
Salmo 7.11 (NAA)
11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias.
Agora, a ira de Deus é tanto uma perfeição divina quanto Sua fidelidade, poder ou misericórdia. Deve ser assim, pois não há defeito algum, nem o menor defeito no caráter de Deus; no entanto, haveria um defeito se a “ira” estivesse ausente d’Ele! A indiferença ao pecado é uma mancha moral, e aquele que não o odeia é um leproso moral. Como poderia Aquele que é a Soma de toda excelência olhar com igual satisfação para a virtude e o vício, a sabedoria e a loucura? Como poderia Aquele que é infinitamente santo desconsiderar o pecado e recusar-se a manifestar Sua “severidade” (Rm 11:22) em relação a ele? Como poderia Ele, que se deleita apenas com o que é puro e amável, não detestar e odiar o que é impuro e vil? A própria natureza de Deus torna o inferno uma necessidade tão real, tão imperativa e eternamente necessária quanto o céu. Não apenas não há imperfeição em Deus, mas também não há perfeição n’Ele que seja menos perfeita do que outra.
Pink, A.W.; Pink, A.W.. Os Atributos de Deus (p. 173). Edição do Kindle.
(b) Mais uma vez menção desses grupos de excluídos: “pobres, aleijados, cegos, coxos”.
Broadman:
Agora torna-se claro que os que haviam recebido o primeiro convite foram os líderes religiosos, especificamente os fariseus, que se orgulhavam de ocupar o primeiro degrau da escada do judaísmo, quanto a categorias religiosas. A história dá a entender que bem poucos participantes da elite religiosa se tornaram seguidores de Jesus. O convite então é feito ao povo que está nas fraldas sociais e religiosas de Israel (veja, acima, o v. 13). Os que não podem participar plenamente da adoração em Israel são os que se apresentarão à mesa, no lugar daqueles que arrogantemente rejeitaram o convite de Deus.
Lucas 4.18–19 (NAA)
18 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19 e proclamar o ano aceitável do Senhor.”
Lucas 7.22 (NAA)
22 Então Jesus lhes respondeu: — Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho.
Lucas 14.13–14 (NAA)
13 Pelo contrário, ao dar um banquete, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos, 14 e você será bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensá-lo. A sua recompensa você receberá na ressurreição dos justos.
Por que o dono da casa convidaria os pobres, aleijados e cegos? Porque os pobres não se distraem com bens materiais; pessoas mutiladas não estariam atrelando bois; e os cegos provavelmente não se casariam. Em outras palavras, os servos deveriam convidar aqueles que não se distraíssem com posses, vocação ou afetos. Eles deveriam convidar aqueles que não dariam desculpas ridículas, que não se deixariam desviar pelas coisas do mundo, que teriam um coração voltado para o céu e sensibilidade para com as coisas do reino. É por isso que Paulo diria mais tarde à igreja primitiva: “Olhe ao seu redor. Você não vê muitos ricos, muitos nobres, muitos sábios entre vocês” - e por que descobrimos que o mesmo é verdade dois mil anos depois (1 Coríntios 1:26).
Courson, Jon, Jon Courson's Application Commentary (Nashville, TN: Thomas Nelson, 2003), p. 370
(c) Essa sentença enche o meu coração de alegria: “ainda há lugar”.
João 14.1–2 (NAA)
1 — Que o coração de vocês não fique angustiado; vocês creem em Deus, creiam também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. Pois vou preparar um lugar para vocês.
(d) Esse texto também tem um viés missionário: “saia pelos caminhos e atalhos e obrigue todos a entrar, para que a minha casa fique cheia”.
A MENSAGEM:
"“O homem ordenou: ‘Vá para a periferia e traga para cá qualquer um que encontrar. Quero a casa cheia! Vou dizer uma coisa: nenhum daqueles a quem mandei convite vai participar da minha festa”." Sent from Bible Study
(e) “Obrigue todos a entrar”.
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 315 αναγκαζω anagkazo

αναγκαζω anagkazo

de 318; TDNT - 1:344,55; v

1) forçar, compelir, empurrar para, obrigar

1a) pela força, ameaças, etc.

1b) por força de contrato, petição, etc.

1c) por outros meios

Evangelho de Lucas 3. Jesus como conviva na casa de um superior dos fariseus no sábado – Lc 14.1–24

O termo grego anangkason significa neste contexto um pedido insistente ou um persuadir persistente, não porém, como em Mt 14:22 e Mc 6:45, uma coação rígida e violenta.

Zacarias 4.6 (NAA)
6 Ele prosseguiu e me disse: — Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito”, diz o Senhor dos Exércitos.
João 12.32 (NAA)
32 E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.
Evangelho de Lucas 3. Jesus como conviva na casa de um superior dos fariseus no sábado – Lc 14.1–24

A instrução “conduze-os aqui para dentro!” é mais que mera exclamação. Se mendigos e aleijados que jazem nas estradas e vielas não devem apenas permanecer à porta para receber esmolas, mas também ser recebidos como convidados da casa e além disso participar do banquete festivo do próprio senhor, então é preciso que sejam conduzidos para dentro. Miseráveis e desabrigados precisam superar principalmente a vergonha e timidez em vista de um convite tão honroso e gratificante.

(f) A fala final é bastante incisiva: “nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia”.
João 1.11–13 (NAA)
11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
3. Outras aplicações:
(a) Na mesa com Jesus todos estão perfilhados em um grande círculo: todos são iguais e são bem vindos.
Isaías 55.1–3 (NAA)
1 “Ah! Todos vocês que têm sede, venham às águas; e vocês que não têm dinheiro, venham, comprem e comam! Sim, venham e comprem, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2 Por que vocês gastam o dinheiro naquilo que não é pão, e o seu suor, naquilo que não satisfaz? Ouçam com atenção o que eu digo, comam o que é bom e vocês irão saborear comidas deliciosas. 3 Deem ouvidos e venham a mim; escutem, e vocês viverão. Porque farei uma aliança eterna com vocês, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.
Brenan Manning:
Através da comunhão à mesa Jesus ritualmente traduziu em ação a sua percepção do amor indiscriminado do Abba- um amor que leva seu Sol a erguer-se sobre tanto maus quanto bons, e sua chuva a cair sem distinção sobre honestos e desonestos (Mt 5.45). A inclusão de pecadores na comunidade da salvação, simbolizada na comunhão à mesa, é a expressão mais dramática do evangelho maltrapilho e do amor misericordioso do Deus redentor.
Uma pesquisa bíblica meticulosa indica que Jesus tinha residência em Cafarnaum, ou que pelo menos compartilhava de uma com Pedro, André e suas famílias. Sem dúvida, em seu ministério como evangelista itinerante, Jesus com frequência dormiu à beira da estrada ou na casa de amigos. “O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Talvez tenhamos, no entanto, tomado essa declaração de modo literal demais. “Fica difícil entender de que forma Jesus podia ser acusado de receber pecadores (Lc 15.2) se ele não tinha alguma espécie de casa onde fazê-lo”.
Como voltava para casa de suas viagens missionárias, Jesus provavelmente tinha alguma especie de residência semipermanente onde agia com frequência como anfitrião. O compartilhar de refeições ocorria com tamanha regularidade que Jesus era acusado de ser beberrão e glutão (Lc 7.34). A lista de convidados incluía um desfile mulambento de vendedores ignorantes, prostitutas, guardadores de gado, senhores de cortiço e jogadores.
(b) O banquete do Reino de Deus pode ser chamado também de o “banquete da Graça”.
John 1:16–17 NAA
Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
https://crentequesabe.com/2021/04/26/maravilhosa-graca-philip-yancey/
Maravilhosa Graça – Philip Yancey Publicado por ERICK MONTEIRO em 26/04/2021
“Igreja! Por que eu deveria ir até lá? Já me sinto horrível agora. Eles apenas farão com que eu me sinta pior”.
É com essa citação que Philip Yancey inicia sua obra, Maravilhosa Graça, contando a história de uma mulher “pecadora” que via a Igreja como um lugar a ser evitado. A partir dessa exposição ele começa a esmiuçar a compreensão de graça aplicando-a em diferentes áreas da vida humana.
Assim, Graça não mais se limita ao que Deus nos oferece, mas ao que nós cristãos devemos oferecer ao outro. Esse “favor imerecido” passa a se tornar a essência do “ser cristão”. Com isso, agir como Jesus é agir com Graça. Viver como Jesus é viver transbordando Graça. A Graça é a única coisa que o mundo não tem, pois ela está intrinsecamente ligada a Deus. Somente em Deus podemos amar com Graça.
Por isso, esse livro se faz de extrema importância para todo aquele que é apaixonado por Jesus e entende a necessidade de compartilhar a mensagem da Cruz. Pois, ser Igreja é ser o corpo de Cristo, ou seja, a lembrança física daquele que morreu por nós e foi ressuscitado. É através de exemplos, histórias e citações deslumbrantes que Yancey leva o leitor para um mergulho na Graça de Deus, de modo que ele saia dessa experiência literária encharcado com o amor divino.
Por fim, te convido a investir tempo nessa leitura. Não é apenas um livro, é uma experiência, como citado. O evangelho só será Evangelho quando colocarmos a Graça no lugar da lei. Porque, “O mundo tem sede da graça. [E] Quando a graça se manifesta, o mundo fica em silêncio” (p. 268). Seja um discípulo de Jesus de Nazaré, o Cristo!
“Um novo mandamento dou a vocês: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.” João 13.34.
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Festa_de_Babette:
Babettes gæstebud (br / pt: A Festa de Babette[1][2] ) é um filme dinamarquês de 1987, do gênero drama, dirigido por Gabriel Axel, e com roteiro baseado em conto de Karen Blixen. O filme foi produzido por Just Betzer, Bo Christensen, e Benni Korzen e financiado pelo Danish Film Institute. A Festa de Babette foi o primeiro filme dinamarquês baseado numa história de Blixen. Foi também o primeiro filme dinamarquês a ganhar um Oscar para o Melhor Filme Estrangeiro. O filme estreou-se no Festival de Cannes de 1987, na secção Un Certain Regard.
Sinopse
Em 1871, em noite de tempestade, Babette chega a um vilarejo na Dinamarca, fugindo da França durante a repressão à Comuna de Paris. Ela se emprega como faxineira e cozinheira na casa de duas solteironas, filhas de um rigoroso pastor. Ali ela vive por catorze anos, até que um dia fica sabendo que havia ganho uma fortuna na loteria e, ao invés de voltar à França, ela pede permissão para preparar um jantar em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. A princípio, os convidados ficam assustados, temendo ferir alguma lei divina ao aceitar um jantar francês, mas acabam comparecendo e se deliciam com a festa de Babette.
As irmãs Martine (Birgitte Federspiel) e Philippa (Bodil Kjer), idosas e pias, vivem numa pequena aldeia na remota costa oeste da Jutlândia, na Dinamarca do século XIX. O seu pai foi um pastor que fundou uma pequena assembleia piestistica. Depois do pai morrer e da austera assembleia deixar de atrair novos convertidos, as irmãs envelhecidas presidem agora uma cada vez mais pequena congregação de idosos crentes.
A história recua 49 anos, mostrando as irmãs durante a sua juventude. As belas raparigas têm muitos pretendentes, mas o seu pai rejeita-os a todos e ridiculariza o casamento. Cada uma das irmãs é cortejada por um apaixonado pretendente de visita à Jutlândia - Martina por um jovem encantador oficial de cavalaria sueco, Lorens Löwenhielm, e Philippa por um famoso barítono, Achille Papin, da Ópera de Paris, numa pausa que fez no silêncio da costa dinamarquesa. Ambas as irmãs decidem permanecer com o pai e rejeitar a possibilidade de viver noutro sítio que não a Jutlândia.
Trinta e cinco anos mais tarde aparece à sua porta Babette Hersant (Stéphane Audran) com uma carta de Papin, onde este explica que ela é uma refugiada de um golpe contra-revolucionário em Paris, e recomendado que a aceitem como criada. As irmãs não podem contratar Babette, mas esta se oferece para trabalhar de graça. Babette trabalha como cozinheira na sua casa durante catorze anos, servindo uma versão melhorada das refeições simples típicas da natureza abstinente da congregação, vindo lentamente a ganhar o seu respeito. A única ligação que a mantém com sua vida anterior é um bilhete de loteria que um amigo seu em Paris lhe compra todos os anos. Um dia Babette ganha 10 000 francos com este bilhete de loteria e em vez de usar o dinheiro para voltar a Paris e retomar o seu anterior estilo de vida, decide gastar o dinheiro na preparação de um jantar para as duas irmãs e à pequena congregação, aproveitando a celebração do centésimo aniversário do pastor que a fundou. Mais do que um banquete, a refeição é uma manifestação de apreço da parte de Babette e um ato de auto-sacrifício. Babette não revela a ninguém que gasta todo o prêmio da loteria naquela refeição.
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